quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Como fazer qualquer computador inicializar ou desligar numa hora marcada

O Windows, o Mac OS X e o Linux, todos eles permitem agendar o arranque, suspender e desligar o computador. Pode ter o seu PC a ligar automaticamente na parte da manhã e a encerrar automaticamente à noite, se quiser.

Hoje em dia, isto já não é tão necessário, graças ao modo de suspensão (sleep mode) - um laptop típico entra automaticamente em modo de baixo consumo, quando não está a ser usado, que pode rapidamente retomar o modo normal - mas ainda pode ser útil para PCs desktop.

Windows

O Windows permite definir horas para inicializar e desligar, através do Programador de Tarefas (Task Scheduler). Uma tarefa agendada pode executar o comando shutdown e desligar o seu computador num momento específico. Também pode executar outros comandos para colocar o computador em modo de suspensão ou hibernação. Aqui estão os comandos que você vai precisar:

  • Desligar: shutdown.exe -s -t 00
  • Hibernar: rundll32.exe powrprof.dll,SetSuspendState
  • Suspender: rundll32.exe powrprof.dll,SetSuspendState 0,1,0

Através da “magia” do Programador de Tarefas, o Windows pode até esperar que não esteja a usar o computador, para o desligar. O PC não será automaticamente desligado, enquanto o estiver a usar, como, p.ex., se ficar a trabalhar até um pouco mais tarde, à noite.

Também pode criar tarefas agendadas para despertar o computador do “sono”. Assumindo que o seu computador está em suspensão ou hibernação (e não totalmente desligado), basta definir uma tarefa agendada com a opção “Ativar o computador para executar esta tarefa” selecionada.

Mac OS X

Num Mac, esta opção está disponível nas Preferências do Sistema (System Preferences). Clique no menu Apple, selecione Preferências do Sistema e, em seguida, clique no ícone de Economia de Energia (Energy Saver). Clicando no botão Agendar (Schedule), pode escolher as opções para agendar um arranque, desligar, reiniciar ou colocar em modo de suspensão.

Se tiver um MacBook, o arranque agendado só ocorrerá quando o computador estiver ligado à corrente. Isto evita o consumo da bateria e garante que o seu laptop não vai decidir arrancar quando está dentro da mala, pousado em algum lugar.

Linux

O comando rtcwake permite agendar arranques no Linux. Este comando coloca o computador em suspensão, hibernação, ou desliga-o, ao mesmo tempo que permite especificar o momento em que deve despertar novamente. Pode executar o comando rtcwake apropriado, quando estiver a ir para a cama, para o computador reiniciar automaticamente, à hora desejada.

O comando rtcwake também pode ser usado para agendar apenas um tempo de inicialização, sem colocar imediatamente o computador em sleep-mode. Pode executar as suas tarefas e depois desligar ou suspender o computador, que este vai acordar na hora desejada.

Para automatizar totalmente estas tarefas, pode criar um ou mais cronjobs que executam o comando rtcwake num momento específico.

Wake-on-LAN

Todos os tipos de computadores podem aceitar comandos “mágicos” de "Wake-On-LAN" (WoL). O suporte para WoL é incorporado num computador ao nível do firmware de BIOS ou UEFI, por baixo do próprio sistema operativo. Ao usar o WoL, um computador que está desligado ou em sleep-mode, continua a fornecer energia ao seu interface de rede. Geralmente este é uma conexão Ethernet com fio, mas também pode configurar um computador para aceitar pacotes WoL enviados através de Wi-Fi. Quando se recebe um pacote devidamente configurado, vai reiniciar o computador de volta.

Essa opção está geralmente activada por padrão nos computadores desktop, mas não deve ser activada em computadores portáteis para economizar a bateria - especialmente com interface Wi-Fi.

Após ter o WoL a funcionar, pode configurar um dispositivo para enviar pacotes WoL para outros dispositivos, num dado horário. Por exemplo, podemos usar um router, com DD-WRT, para enviar pacotes WoL, segundo uma agenda, permitindo que possa acordar qualquer dispositivo ligado ao seu router e configurar todos os tempos de activação  no mesmo lugar.


Por padrão, a maioria dos computadores irá colocar-se automaticamente em suspensão ou hibernação após um determinado período de tempo sem estar a ser usado. Se quiser que o seu computador se mantenha a funcionar, mesmo quando não está a usá-lo, tem que alterar as configurações, para que ele não vá entrar em sleep-mode automaticamente.

Tradução livre do artigo "How to Make Any Computer Boot Up or Shut Down on a Schedule", de Chris Hoffman para a How-To-Geek.

Como garantir que o seu Router doméstico tem as mais recentes atualizações de segurança

Manter o seu router actualizado é uma parte crucial da segurança da sua rede doméstica. O bug Shellshock afetou um grande número de routers e também temos ataques de hacking que transformam os routers em botnets. A segurança nos routers domésticos é francamente pobre.

À semelhança do faz com o seu computador pessoal, deve garantir que o seu router doméstico recebe as suas atualizações de segurança. Dependendo do seu modelo, pode ter que fazer isso manualmente, ou configurar as atualizações automáticas - ou não fazer absolutamente nada. Sad smile

O Firmware do seu router é um S.O. e está particularmente em risco

O router executa um "firmware", que é, essencialmente, o seu sistema operativo. O firmware de muitos routers é, na verdade, construído em cima do Linux e isso significa que estão sujeitos às vulnerabilidades de segurança no kernel do Linux, ou outro software relacionado - como o bug Shellshock. Os problemas também podem ocorrer devido a design pobre do firmware do router, como, p.ex., as portas de entrada que foram descobertas em equipamentos produzidos por grandes empresas como a Linksys ou a Netgear.

Os routers domésticos são particularmente vulneráveis, porque estão expostos diretamente à Internet. Qualquer outro dispositivo que ligue à Internet, está blindado por trás do router e não é endereçável publicamente. O seu router funciona essencialmente como uma firewall, protegendo os outros dispositivos das ligações externas. Na arquitectura de rede, o router é o único ponto da sua rede doméstica que está exposto diretamente à Internet. Como qualquer invasor pode entrar em contacto com o seu router, é crucial que este esteja seguro.

Os fabricantes lançam novas versões do software para o seu router, assim como fazem para o software do seu computador, smartphone, tablet, consola de jogos, ou outros dispositivos. Dependendo do modelo do seu router, pode ter que instalar estas novas versões manualmente ou automaticamente.

Como instalar actualizações de firmware

Para instalar atualizações de firmware, é necessário aceder ao interface web do seu router, num browser. Muitas vezes vai conseguir encontrar a informação sobre a forma de actualizar o firmware, em áreas como "Firmware Update", "Software", "System Update", "Router Upgrade" ou com um nome semelhante.

Os routers domésticos fornecidos pelos ISP, normalmente estão configurados para receber as atualizações de firmware automáticas, fornecidas pelo seu provedor. Em alguns modelos, nem sequer é possível fazê-lo manualmente. Vendo pela positiva, isto significa que o seu router se vai actualizar automaticamente, sem necessitar da sua intervenção.

Os routers modernos costumam disponibilizar atualizações automáticas e vai querer deixar esta opção ativada - ou activá-la, se não estiver. Por exemplo, os "Linksys Smart Wi-Fi Routers" oferecem atualizações de firmware automáticas, que são ativadas por padrão como parte do processo de instalação pela primeira vez. A Linksys também fornece instruções para habilitar as atualizações automáticas mais tarde.

Os routers mais antigos podem disponibilizar apenas uma página que permite fazer o upload de um ficheiro de firmware (como neste router Netgear, em baixo). Neste caso, vai ter que verificar a versão do firmware instalado no router - possivelmente a partir de uma página "Status" separada - e, de seguida, visite o site oficial do fabricante, procure o suporte ou a página de downloads para o seu modelo específico de router e verificar e fazer download das últimas atualizações de firmware, manualmente.

Pode acelerar a busca de opções de actualização do firmware, através da realização de uma pesquisa na web do seu modelo específico de router e "firmware update", para encontrar instruções. Mas deve ter uma ideia concreta do que o seu router requer, depois de navegar através do seu interface web.

Firmware de router de terceiros

O firmware de router de terceiros - como o DD-WRT ou OpenWrt - são uma alternativa ao firmware fornecido pelos fabricantes. Este é, essencialmente, um S.O. alternativo, criado pela comunidade, que é executado no seu router. Apenas certos modelos são suportados, por isso deve verificar esta questão, antes de comprar um router, se pretender usar o seu fornecedor de firmware favorito.

Não estamos aqui a tentar convencê-lo a instalar um firmware do router customizado. A maioria das pessoas não se quer preocupar com firmware de terceiros. Este serve apenas para fazer hacking e tweaking. No entanto, é uma boa opção se você for um geek que gosta de usar estas coisas.

Mesmo que use um firmware de terceiros, vai continuar a querer instalar as últimas atualizações do mesmo – então verifique o que o seu fornecedor de firmware oferece em termos de atualizações de segurança. Normalmente a oferta resume-se a instalar a versão mais recente do firmware, quando esta for lançada, o que, na maior parte das vezes não vai acontecer automaticamente. Vai querer manter o controlo sobre isso, pessoalmente.


As atualizações de segurança do seu router doméstico não são algo para provocar o pânico, mas são algo a ter em conta. Verifique que o seu router está a actualizar automaticamente o seu firmware, se possível. Se não estiver, não se esqueça de verificar se há uma atualização ocasional. Se o seu router tem atualizações de firmware com vários anos que ainda não tenha instalado - como acontece em muitos casos - vai querer instalar a actualização mais recente, o mais rapidamente possível.

Tradução livre do artigo "How to Ensure Your Home Router Has the Latest Security Updates", de Chris Hoffman para a How-To-Geek.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Segurança Wi-Fi: WPA2-AES, WPA2-TKIP ou ambos?

Em muitos routers do mercado, os protocolos de segurança WPA2-PSK (TKIP), WPA2-PSK (AES) e WPA2-PSK (TKIP+AES) são opções diferentes. A escolha duma opção errada tem como resultado uma rede mais lenta e menos segura.

A última opção – TKIP+AES – costuma estar configurada por defeito na generalidade dos modelos. Na realidade é uma má escolha, mas para compreender cada uma das opções requer algum conhecimento de padrões de criptografia Wi-Fi.

AES vs. TKIP

TKIP e AES são dois tipos diferentes de encriptação que podem ser usados numa rede Wi-Fi.

TKIP significa "Temporal Key Integrity Protocol." Foi um protocolo de criptografia introduzido com o WPA para substituir a criptografia WEP, muito insegura na altura. O TKIP é realmente muito semelhante à criptografia WEP e já não é considerado seguro - está obsoleto. Por outras palavras, não deve usá-lo!

AES significa "Advanced Encryption Standard". Este foi um protocolo de criptografia mais seguro, introduzido com o WPA2, que substituiu o padrão “interino” WPA. O AES não é um padrão desenvolvido especificamente para redes Wi-Fi, é sim um padrão efectivo de criptografia em todo o mundo, que já foi, inclusivamente, adoptado pelo governo dos EUA. Por exemplo, se encriptar um disco rígido com TrueCrypt, pode usar a criptografia AES. O AES é geralmente considerado muito seguro e os principais pontos fracos seriam ataques de força bruta (impedidos pela utilização de uma senha forte) e falhas de segurança em outros aspectos do WPA2.

Ambos os casos usam uma PSK, que significa "Pre Shared Key" - a chave pré-compartilhada – que é geralmente a senha de criptografia. Distingue-se da WPA-Enterprise, que usa um servidor RADIUS para distribuir chaves únicas em grandes redes Wi-Fi corporativas ou governamentais.

WPA usa TKIP e WPA2 usa AES, mas …

Em resumo, o TKIP é um padrão de criptografia mais antigo, utilizado pelo velho padrão WPA. O AES é uma solução mais recente de criptografia Wi-Fi, usado pelo novo-e-seguro padrão WPA2. Em teoria, isto parece suficiente, mas, dependendo do seu router, escolher simplesmente WPA2 pode não ser suficiente.

Enquanto o WPA2 é suposto usar AES para segurança ideal, também tem a opção de usar TKIP para compatibilidade com dispositivos antigos. Com esta configuração, os dispositivos que suportam WPA2 são conectados com WPA2 e os que não suportam, são conectados com WPA. Assim, "WPA2" nem sempre significa WPA2-AES. No entanto, em dispositivos sem uma opção "TKIP ou AES" visível, WPA2 é geralmente sinónimo de WPA2-AES.

Modos de segurança Wi-Fi explicados

Ainda confuso? Não é surpreendente. Mas tudo o que realmente precisa fazer é procurar a opção mais segura na lista do seu router. Por exemplo, aqui estão algumas opções possíveis numa variedade de routers:

  • Open: redes Wi-Fi abertas não têm qualquer senha de segurança. Muito seriamente, nunca deve configurar uma rede Wi-Fi aberta. Por causa disso, pode até vir a ter graves problemas legais (imagine que alguém usa a sua rede aberta para fazer download de pornografia infantil);
  • WEP 64 ou WEP 128: o velho padrão de criptografia WEP é vulnerável e não deve ser utilizado. O seu nome, que significa "Wired Equivalent Privacy", hoje em dia, parece uma piada;
  • WPA-PSK (TKIP): este é basicamente o padrão WPA1. Não é seguro e foi substituído;
  • WPA-PSK (AES): esta opção escolhe o protocolo wi-fi WPA (mais antigo) com criptografia AES (mais moderno). Dispositivos que suportam AES quase sempre suportam WPA2, enquanto os dispositivos que exigem WPA1 quase nunca suportam criptografia AES. Esta opção faz muito pouco sentido;
  • WPA2-PSK (TKIP): esta usa o padrão WPA2 (moderno) com criptografia TKIP (antiga). Não é uma opção segura e apenas pode ser levada em conta se tiver dispositivos mais antigos que não se podem conectar a uma rede WPA2-PSK (AES);
  • WPA2-PSK (AES): esta é a opção mais segura. Usa WPA2, o mais recente padrão de criptografia Wi-Fi, e AES, o mais recente protocolo de criptografia. Deve usar esta opção. Em dispositivos com interfaces menos confusos, a opção "WPA2" ou "WPA2-PSK", provavelmente, só usam AES, já que é uma escolha de bom senso;
  • WPA/WPA2-PSK (TKIP/AES): muitos routers recomendam esta opção, que permite tanto WPA como WPA2, com TKIP ou AES. Isto proporciona o máximo de compatibilidade com todos os dispositivos antigos que possa ter, mas também garante que alguém pode violar a sua rede, simplesmente por quebrar o esquema de criptografia de menor denominador comum (WPA/TKIP). Esta opção AES+TKIP também pode ser identificada como “WPA2-PSK mixed mode”.

Dispositivos fabricados desde 2006 têm suporte AES

A certificação WPA2 ficou disponível em 2004 (há dez anos atrás). Em 2006, a certificação WPA2 tornou-se obrigatória. Qualquer dispositivo fabricado após 2006, com o logotipo "Wi-Fi", deve suportar encriptação WPA2. Isto não é de agora, já é assim há mais de oito anos!

Os seu dispositivos habilitados para wi-fi são, provavelmente, mais novos do que 8-10 anos, então não deve ter problemas em escolher apenas WPA2-PSK (AES). Selecione esta opção e, de seguida, pode verificar se alguma coisa não funciona. Se algum dispositivo deixar de conectar, pode sempre alterar a opção de segurança novamente – embora deva preferir comprar um novo dispositivo, fabricado em qualquer altura, nos últimos oito anos. Winking smile

WPA+TKIP vão tornar a sua rede mais lenta

As opções de compatibilidade WPA e TKIP também podem tornar a sua rede Wi-Fi mais lenta. Muitos routers Wi-Fi modernos, que suportam a norma 802.11n e mais recentes, vão abrandar para 54mbps se ativar WPA ou TKIP nas suas opções. Estes routers fazem isso para garantir que são compatíveis com os dispositivos mais antigos.

Por comparação, a 802.11n suporta até 300Mbps - mas, em geral, só se estiver a usar WPA2 com AES. A 802.11ac oferece velocidades máximas teóricas de 3.46 Gbps sob óptimas (leia-se: perfeitas) condições.

Por outras palavras, WPA1 e/ou TKIP vão tornar uma rede Wi-Fi moderna mais lenta. New tudo está relacionado com a segurança!

 

Na maioria dos routers que já vimos, as opções são geralmente WEP, WPA (TKIP) e WPA2 (AES) - talvez com um modo de compatibilidade WPA (TKIP) + WPA2 (AES) incluído.

Se tiver um router que ofereça WPA2 com TKIP ou AES, escolha AES. Certamente que quase todos os seus dispositivos vão conseguir trabalhar com ele, é mais rápido e mais seguro. É uma escolha fácil, basta lembrar-se que o AES é o melhor. Smile

 

Tradução livre do artigo "Wi-Fi Security: Should You Use WPA2-AES, WPA2-TKIP, or Both?", de Chris Hoffman para a How-To-Geek.

Porque quereria uma TV ou um Monitor de PC curvos?

As TVs curvas estavam em todo o lado, na CES 2015.

Não estamos a exagerar: quase todas as TVs que estavam a ser mostradas eram curvas, em vez de ecran plano! E não eram somente TVs. A Samsung também estava a apresentar monitores de computador curvos.

Mas qual é, afinal, a vantagem de uma TV curva? As TVs 4K serão úteis, um dia, mas não temos tanta certeza sobre as TVs curvas.

Ecrans curvos, o quê?

imageLembra-se quando o "ecran plano" era a última novidade? Aqueles velhos monitores CRT curvados para fora e os ecrans planos pareciam ser o futuro.

Bem, os ecrans curvos estão na berra outra vez - pelo menos é isso que os fabricantes de televisores e monitores de computadores nos querem fazer pensar. Lembre-se, porém, que estes são os mesmos fabricantes que andavam a empurrar a TV 3D apenas há alguns anos atrás e agora desistiram daqueles TVs 3D.

TVs e monitores de computador curvos são exatamente aquilo que parecem. O ecran não é plano, mas curvo – ao redor do seu rosto, em teoria - para fornecer um campo de visão mais amplo. Os fabricantes de TV parecem pensar que esta é uma experiência mais imersiva.

As maiores desvantagens

Os fabricantes simplesmente não têm conseguido arranjar argumentos muito convincentes para os ecrans curvos. Eles estão um pouco naquela onda da tecnologia para o bem da tecnologia. E frases como "objetos curvos são um alívio e despertam prazer nos nossos cérebros", do stand da Samsung, não contam como um bom argumento!

A Samsung, LG, Sony e vários outros fabricantes descobriram como produzir ecrans curvos e estão a mostrar que conseguem. Os ecrans curvos são uma coisa nova, que eles não conseguiam fabricar há apenas alguns anos atrás.

Existem vários grandes problemas com os ecrans curvos. O maior problema é o ângulo de visão preciso que eles exigem. Para obter a imagem ideal, é necessário estar diretamente em frente à TV curva. Se estiver apenas um pouco de lado, a imagem no ecran curvo não vai parecer correcta. Pode sempre argumentar que deverá corrigir a posição, mas o que fazer se tiver outros membros da família ou amigos a ver TV consigo? As TVs curvas não são muito boas para conjuntos de várias pessoas (e boa sorte para a montagem de uma TV curva numa parede).

Para corrigir este problema, a Samsung e a LG demonstraram TVs "flexíveis" no ano passado, na CES 2014. Ao carregar num botão do controlo remoto da TV, o ecran plano transformava-se num ecran curvo e vice-versa. A Samsung e a LG não estavam a exibir os modelos flexíveis este ano. E seria uma coisa muito insensata de se comprar, mesmo que estivesse à venda. Afinal, uma TV flexível seria muito mais caro do que até mesmo uma TV curva.

As TVs curvas são mais caras de fabricar, pelo que também são mais caras quando as comprar. Tem que pagar bastante mais por um ecran curvo do que por um ecran plano. E, francamente, não parecem necessariamente melhores quando estamos em pé à frente deles. Os ecrans curvos são impressionantes do ponto de vista da tecnologia, mas parecem um pouco estranhos – um bom ecran plano seria o suficiente.

 

As vantagens teóricas

Os ecrans curvos, teoricamente, oferecem um maior campo de visão e uma experiência mais imersiva. Para disfrutar realmente destes benefícios, precisará de uma enorme TV de 100” e de estar sentado próximo dela. Isso pode-lhe proporcionar uma experiência mais "cinematográfica". Mas provavelmente não quer uma TV tão grande e também não vai querer sentar-se tão perto. E se tiver uma TV mais pequena, como a maioria das pessoas, um ecran curvo realmente não faz sentido.

Na CES 2015, a TCL mostrou uma TV 4K curva, de 110”. Em tais tamanhos, um ecran curvo poderia fazer mais sentido para que possa ver cada pedacinho daquela área massiva, de uma só vez. Mas, tão depressa, não vai ser proprietário de um produto como este, já que a TCL nem sequer tem quaisquer planos para vendê-lo. Eles só queriam ombrear com a Samsung.

A Samsung está a vender uma TV 4K curva de 55”, na Amazon, por pouco menos de 2000 dólares. O ecran curvo só vai ser realmente útil, se estiver sentado à frente da TV e muito mais perto dela do que é normal. É apenas um chamariz para aquele tamanho.

Um ecran curvo também pode reduzir, teoricamente, os reflexos na própria TV, mas isso não nos pareceu muito visível. Se quiser reduzir os reflexos, existem coisas melhores que pode fazer e que não terão um impacto negativo sobre os ângulos de visão.

E monitores de computador curvos?

Todas as considerações anteriores são basicamente as mesmas para monitores de computador. A menos que saiba realmente por que quer um monitor curvo para o seu computador, não compre nenhum. Provavelmente poderá obter vários bons ecrans planos, pelo mesmo preço, e colocá-los lado a lado numa configuração dual-monitor ou triple-monitor. Vários monitores seria mais útil e mais funcional, também.

Poderá querer um monitor 4K, mas, provavelmente, não quer um monitor curvo!

Considerações finais

Em última análise, ecrans curvos permitirão a existência de novos tipos de tecnologia. Uma pulseira com um display curvo, em torno de seu pulso faz sentido - o Samsung Galaxy Fit funciona exactamente desta forma. Um ecran de smartphone curvo poderia fazer algum sentido, também. Mas a TV de 50”, na sua sala de estar, não precisa ser curva - é apenas um chamariz que lhe vai custar mais caro.

Nós não recomendamos a compra de uma TV curva. Os fabricantes, na verdade, ainda não explicaram por que devemos querer uma. É muito impressionante que eles possam construir ecrans curvos - apenas se eles tiverem um motivo real para o fazer!

Tradução livre do artigo "Why Would You Want a Curved TV or Computer Monitor?", de Chris Hoffman para a How-To-Geek.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

TVs e Monitores UHD (4K, 5K,… 8K) - Vale a pena comprar?

Introdução

Nos últimos meses temos assistido a uma proliferação da oferta de monitores e Tvs Ultra HD, mais vulgarmente conhecidas por 4K (já existem resoluções 5K e 8K também). Na última campanha do Natal, foi comum ver vários modelos de diversas marcas em exposição nas grandes superfícies comerciais.

Neste segmento, existem considerações diferentes a levar em conta, quando se trata de adquirir uma TV ou simplesmente um monitor de computador. Mas em qualquer dos casos, apesar de alguma pressão comercial e duma nítida baixa de preços, a grande questão continua a ser: vale apena comprar uma TV ou um monitor 4K?

Neste artigo, vamos dar uma ajuda a responder a esta e mais algumas questões sobre este mundo do Ultra HD.

Conteúdo

Considerações sobre Resolução de Ecrans

Quando se fala em HD, Full HD, Ultra HD, estamos a falar de normas de resolução de ecrans. Mas afinal o que é isso da resolução? E o que devemos levar em conta, relacionado com a resolução?

Para responder a estas questões, temos primeiro que perceber como é formada uma imagem no ecran duma TV ou dum monitor de PC.

A imagem é dividida em linhas verticais e horizontais, que formam uma grelha de pequenos rectângulos, chamados pixéis. Cada pixel tem uma dada cor e tonalidade, que variam, conforme a posição onde se encontram na imagem. Quantas mais linhas verticais e/ou horizontais tiver uma imagem, maior é o número de pixéis que definem essa imagem.

A resolução não é mais do que o número de pixéis distintos que podem ser mostrados em cada dimensão. Normalmente é apresentada como largura x altura (width x height), com as unidades em pixéis. P.ex. 640 x 480 significa 640 pixéis na largura e 480 pixéis na altura (para um total de 640x480=307.200 pixéis).

Mas chega esta resolução, digamos linear, para auferir a qualidade duma imagem ou de um monitor? Não! Devemos levar em linha de conta outros factores.

Para além da quantidade total de pixéis, devemos também levar em linha de conta a área por que esses pixéis se vão distribuir. Estamos então a falar em densidade de pixéis, que costuma ser medida em Pontos Por Polegada (DPI). Quanto maior for o nosso monitor, mais pixéis deverá ter, para manter a mesma densidade. Doutra forma, o tamanho dos pixéis terá que ser maior, para conseguir preencher uma área maior, o que piora a qualidade da imagem.

 

Neste caso, também devemos levar em linha de conta a distância a que nos encontramos a olhar para o ecran. Quando mais próximos, maior a quantidade de pixéis, para manter a qualidade da imagem. De realçar que é costume estarmos mais próximos do monitor do computadores do que da TV, por isso é normal termos TVs de muito maiores dimensões (36”, 40”,…) que os monitores de computador (15”, 17”) e termos uma percepção de qualidade semelhante para a mesma resolução. Se estivéssemos à mesma distância da TV, que estamos do monitor, a imagem iria parecer-nos de muito pior qualidade.

No caso dos ecrans de TV e monitores de computador, como nos são apresentadas imagens em movimento, também é muito importante a velocidade de actualização de ecran (refresh rate), isto é, quantas vezes por segundo a imagem é actualizada no ecran. Infelizmente, muitas vezes temos ecrans de alta definição, mas com baixas taxas de varrimento (p.ex. 30Hz) o que leva a experiências fracas em termos de visualização de filmes ou de jogos (mínimo 60Hz).

O que é o Ultra HD?

Conforme já foi dito na secção anterior, existem normas para as resoluções dos ecrans. P.ex., uma resolução de 640x480 representa uma imagem com 307.200 pixéis. Mas também podíamos obter este número total de pixéis com imagens de 600x512. O fabrico de ecrans de TV e/ou de monitores obedece a regras de normalização.

O Ultra HD, na realidade, corresponde a dois novos formatos que se irão impor como os mais usados nos próximos anos: O 4K UHD (3840x2160) e o 8K UHD (7680x4320). Existe ainda um formato intermédio, o 5K UHD (5120x2880), usado por alguns fabricantes como a Apple ou a Dell .

Alguns estudos indicam que as novas resoluções de Ultra HD, o 4K e o 8K já terão alcançado o limite máximo de resolução que o olho humano consegue distinguir, principalmente em monitores de menor dimensão.

Mas a grande vantagem destas novas resoluções é que permitem o fabrico de ecrans de maior e maior dimensão, sem perda de qualidade de visualização das imagens exibidas.

Uma listagem das resoluções mais comuns pode ser encontrada aqui.

Então, devo comprar ou não? 

Como é habitual, a resposta a esta questão não é simples.

Uma coisa parece óbvia, neste momento, faz mais sentido comprar um monitor 4K do que uma TV 4K. Porquê? Porque a TV necessita de conteúdos (filmes, séries, shows, jogos) e a quantidade de conteúdos 4K disponíveis ainda é extremamente reduzida. Repare que na actual oferta de TV, a esmagadora maioria dos conteúdos de alta definição (mesmo nos canais HD), costumam ser HD normal (1280x720). Nem sequer são Full HD (1920x1280).

No caso dum monitor de computador, apesar da escassez de conteúdos, podemos sempre beneficiar de uma melhor experiência de utilização do PC, em alta resolução.

Mesmo com uma significativa baixa de preço, as TVs e monitores 4K ainda são bastante dispendiosas (as 8K nem se fala). Então a questão mais concreta será esta: será que o benefício compensa o custo?

Bem, se tiver um dinheiro extra para gastar, então pode investir num equipamento 4K, que, com certeza, vai melhorar a sua experiência de utilização do computador (na TV nem tanto), mas os monitores com resoluções um pouco mais baixas continuam a oferecer excelentes prestações, por um preço consideravelmente mais baixo.

Pode também aguardar mais um tempo. Daqui a uns meses, os preços dos equipamentos 4K serão substancialmente mais baixos e é expectável existirem muito mais conteúdos Ultra HD disponíveis.

Referências 

- "Should You Buy a 4K Computer Monitor?", de Chris Hoffman para a How-To Geek

- "Preços dos monitores 4K começam a descer", na PplWare no Sapo

- "HUMAN EYESIGHT & 4K VIEWING", na Red

Como encontrar a Chave do Windows ou do Office

Se estiver a pensar fazer uma reinstalação do Windows, mas não consegue encontrar a chave do produto, está com sorte, porque esta está armazenada no Registo do Windows ... só que não é fácil de encontrar e é impossível de ler, sem alguma ajuda. Felizmente, estamos aqui para ajudar. Smile

Como se pode ver na imagem abaixo, a identificação do produto é armazenado no registo, mas está em formato binário, que não pode ser lido por seres humanos.

image

Não se compreende porque razão a Microsoft se deu a tanto trabalho para tornar difícil de ver as chaves de produto do seu software, especialmente porque elas são armazenados no registo e pode ser lidas por software. Só podemos supor que eles não querem ninguém a reutilizar uma chave de um computador antigo.

Mas a realidade é que podemos até recuperar uma chave de produto a partir dum computador que já nem sequer arranque o sistema. Tudo o que é necessário é ter acesso ao disco, a partir de outro computador. Mais à frente neste artigo, vamos ver como podemos realizar esta tarefa.

Encontrar a Chave do Windows sem nenhum software

Assumindo que consegue arrancar o computador com o Windows, sem problemas, pode facilmente criar um VBScript simples que vai ler o valor da chave, no registo e, em seguida, vai traduzi-lo para o formato que necessita para a reinstalação.

Temos aqui um exemplo desse VBScript, fornecido por um utilizador do forum da How-To Geek:

Set WshShell = CreateObject("WScript.Shell")
MsgBox ConvertToKey(WshShell.RegRead("HKLM\SOFTWARE\Microsoft\Windows NT\CurrentVersion\DigitalProductId"))
Function ConvertToKey(Key)
Const KeyOffset = 52
i = 28
Chars = "BCDFGHJKMPQRTVWXY2346789"
Do
Cur = 0
x = 14
Do
Cur = Cur * 256
Cur = Key(x + KeyOffset) + Cur
Key(x + KeyOffset) = (Cur \ 24) And 255
Cur = Cur Mod 24
x = x -1
Loop While x >= 0
i = i -1
KeyOutput = Mid(Chars, Cur + 1, 1) & KeyOutput
If (((29 - i) Mod 6) = 0) And (i <> -1) Then
i = i -1
KeyOutput = "-" & KeyOutput
End If
Loop While i >= 0
ConvertToKey = KeyOutput
End Function

Copie o texto acima e cole num novo documento do Bloco de Notas (Notepad). De seguida, escolha a opção Ficheiro | Guardar Como e na opção “Guardar com o tipo”, escolha “Todos os ficheiros (*.*)”. Finalmente, no nome do ficheiro, insira chave_windows.vbs, ou outro nome qualquer, desde que a extensão seja vbs.

Sugerimos coloque no Ambiente de Trabalho, para mais fácil acesso.

Depois de salvar o ficheiro, basta fazer duplo-clique sobre o mesmo e uma pop-up vai mostrar a chave do Windows do computador:

Use um utilitário para recuperar chaves de produto (mesmo que o Windows do PC não arranque)

A maneira mais fácil de ter acesso a uma chave de produto é através de um utilitário de terceiros.

Vamos usar, como exemplo, o utilitário ProductKey, da NirSoft. As ferramentas desta editora são sempre livres de lixo, e bastante úteis. O único problema com este utilitário em particular é que alguns antivírus irá detectá-lo como um falso positivo, porque alguns malwares podem tentar roubar a sua chave de produto.

Tudo o que necessita é fazer download do ProduKey, descompactá-lo e, em seguida, executá-lo para ver imediatamente todas as suas chaves de produto instaladas. É tão simples como isso.

Pode também fazer o download do ficheiro de tradução para Português. Após descompactar, basta copiar o ficheiro .ini para a pasta onde instalou o utilitário ProductKey.

Se quiser recuperar uma chave a partir de um computador que não arranque o sistema, pode ligar o disco rígido a outro PC, e depois executar o ProduKey. Neste caso, usa a opção Ficheiro | Selecionar Fonte e procura a pasta do Windows, no disco do computador avariado. Pode, então, ver as chaves dos produtos.

Também pode usar um Live CD de Linux, para copiar o diretório do Windows do computador avariado, para uma pen-drive, ou copiar apenas os ficheiros de registo, se preferir.

Tradução livre do artigo "How to Find Your Lost Windows or Office Product Keys", de Lowell Heddings para a How-To-Geek.

De volta ao blog II

Boa tarde a todos os meus amigos e seguidores.

Terão notado uma nova ausência na publicação de artigos aqui no Geneesya. Infelizmente os problemas e contratempos da minha vida pessoal agudizaram-se no mês de Dezembro e foi de todo impossível preparar o trabalho para ser publicado. Mais uma vez as minhas desculpas. Volto a retomar o ritmo a partir de agora.

Um grande Muito Obrigado a todos.

Bom Ano Novo!